Como implantar a gestão da manutenção em uma empresa do zero? O Quão assustador pode ser chegar em uma empresa com a missão de implantar uma gestão de manutenção iniciando do nada, se amedrontar não resolve em nada o problema, precisamos pensar no processo como um todo, para isto listo alguns pontos a serem tratados como uma lista básica de itens que cumpridos podem ser determinantes para se ter uma gestão.
Primeiro Item, desenhar o fluxo do processo detalhando os equipamentos e suas funções dentro do processo produtivo. Com isso poderá se ter uma visão mais precisa da importância de cada equipamento e sua contribuição para todo o processo.
Segundo Item, elaborar uma lista mestra dos equipamentos, uma árvore lógica, contendo o cadastro dos equipamentos e seus componentes. Nesta fase vale a análise em relação a quantidade de equipamentos, o tamanho da empresa e o orçamento disponível para a aquisição de um software de manutenção, seja pago, gratuito ou em planilhas de Excel, que hoje temos opções de relatórios dinâmicos e com grande potencial visual através do Power BI, também temos opções de automatização via código de programação.
Terceiro item, definir a estratégia de manutenção para os equipamentos, esta definição é primordial para que se saiba a forma de atuar em relação a criticidade de cada equipamento, equipamentos críticos deverão ter um nível maior de atenção, em contrapartida equipamentos não críticos deverão ter menos atenção da manutenção, o objetivo é focar esforços onde realmente é necessário, evitando desperdícios. Definindo os tipos de manutenção aplicáveis a cada nível de criticidade atendemos esse item.
Quarto item, definir a criticidade de cada equipamento, em posse da listagem de equipamentos devemos classificá-los quanto a sua criticidade dentro do processo produto, considerando algumas variáveis como: Perda de produção, impactos no custo, riscos a qualidade, segurança e meio ambiente. A partir da criticidade definida podemos contemplar agora os tipos de manutenção que serão aplicados conforme definimos no item 3.
Quinto item, elaborar os planos de manutenção, os planos devem ser elaborados considerando o manual do fornecedor e os modos de falha que os equipamentos podem apresentar, sendo contemplado a frequência ideal de execução, homem-hora a ser aplicado e os principais materiais a serem trocados, os planos ainda podem ser preventivos ou preditivos.
Sexto item, estabelecer programação das execuções no mínimo semanal via ordem de manutenção, sendo necessário o controle das execuções, a garantia da efetividade das execuções é o que se garante o bom resultado de todos os itens listados acima. Essas manutenções devem ser registradas com riqueza de detalhes em banco de dados ou no software para garantia do histórico dos equipamentos. O histórico é de suma importância para futuros trabalhos de engenharia e melhoria no sistema de manutenção, que seriam itens a serem trabalhados após a implantação dos demais itens relacionados neste artigo.
A manutenção em si não é complicada, ela pode se tornar um pesadelo caso não tenha a devida atenção, mas bem gerenciada, controlada e executada, logo bons resultados surgem, a manutenção tratada como estratégia pode trazer uma otimização de gastos considerável e sim, pode ser, a maior aliada da produção de uma empresa, seja ela de pequeno, médio e grande porte.